E não é que João Grilo ressurgiu, vivo, santo e mais atrapalhado do que nunca? Foram 25 anos desde que o Brasil inteiro se apaixonou por “O Auto da Compadecida”, e agora, em “O Auto da Compadecida 2”, o improvável acontece: João Grilo está de volta a Taperoá, e a cidade nunca mais será a mesma.
A história? Só podia começar com Chicó, o maior contador de lorotas do sertão, que não deixou ninguém esquecer a “lenda” de que Nossa Senhora ressuscitou João Grilo. Pois bem, ele voltou! Mas santo? Só se for do pau oco! O passado aparece sem pedir licença, as confusões se multiplicam, e o nordestino mais esperto do cinema prova que nem milagre dá conta de consertar certas enrascadas.
A direção de Guel Arraes e Flávia Lacerda costura com maestria o humor afiado, o toque mágico e o drama que só o sertão pode oferecer. E, é claro, temos a dobradinha de ouro: Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que mais uma vez entregam performances memoráveis como João Grilo e Chicó.
Quanto ao cenário… Bem, quem assistiu ao primeiro filme vai notar a ausência de Cabaceiras, a famosa “Roliúde Nordestina”. Mas quem disse que a saudade atrapalha? Com um enredo tão bom, você nem vai se importar.
Se você riu, chorou e se apaixonou pelo primeiro filme, esta sequência é um abraço nostálgico e uma nova chance de se deixar levar pelas peripécias de dois amigos que sempre dão um jeito – mesmo quando o jeito é improvisar.
Onde assistir em Teixeira de Freitas -B
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