O que os heróis nos ensinam sobre amar?

 



Por Murillo Mello

Pensa num negócio complicado: salvar o universo de um vilão cósmico ou tentar manter um relacionamento saudável na era do Tinder, Instagram e trabalho home office. Pois é, os super-heróis da Marvel e da DC sabem bem disso. Enquanto eles lutam contra Thanos e o Coringa, também enfrentam os perrengues do amor – e, olha, tem muito a ver com a nossa vida real.

O sociólogo Zygmunt Bauman já falou sobre isso: no mundo de hoje, o amor é “líquido”. Traduzindo: as relações são mais instáveis, rápidas e cheias de altos e baixos, tipo um roteiro de filme da Marvel. E os heróis, claro, refletem isso direitinho. Tony Stark e Pepper Potts, Peter Parker e MJ, Clark Kent e Lois Lane – todos eles vivem amores que são uma montanha-russa de emoções, cheios de sacrifícios, distâncias e escolhas difíceis.

Na Marvel, o amor quase sempre vem com um preço alto. Tony Stark só consegue ficar de boa com a Pepper depois de muita terapia (imagina o tanto que ele gastou com isso). E o Peter Parker? O mlk aprende na marra que amar às vezes significa deixar ir – e a gente chorou horrores em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021). Essas histórias mostram um bagulho que a gente conhece bem: na correria do dia a dia, com trabalho, faculdade e mil compromissos, manter um relacionamento é quase uma missão impossível.

Já na DC, o amor é aquela parada épica, de “até o fim do mundo”. Clark Kent e Lois Lane são o casal clássico que todo mundo torce para dar certo. Lois não é só a namorada do Superman – ela é tipo a âncora emocional dele, a pessoa que faz ele se sentir humano. E mesmo com toda a loucura de ser um alienígena que salva o mundo, o amor deles é inquebrantável. É bonito de ver, mas também dá uma invejinha, né? Porque, no mundo real, a gente mal consegue manter uma conversa no WhatsApp sem deixar no vácuo.

E o que dá pra tirar de lição disso tudo? Que o amor, seja nos filmes ou na vida real, é uma mistura de heroísmo e humanidade. Se até os heróis, com todo o poder e grana que têm, sofrem para equilibrar o coração com as responsabilidades, imagina a gente, que mal consegue equilibrar as contas do mês?

Então, da próxima vez que você ver um filme de super-herói, preste atenção nos romances. Porque, no fim das contas, o amor é a maior aventura de todas – e, às vezes, dá mais trabalho que enfrentar um exército de alienígenas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

História de Teixeira de Freitas - Praça dos leões: Parte final

A história de Teixeira de Freitas - A Praça da Bíblia

História de Teixeira de Freitas. Praça dos Leões o marco zero da cidade: parte 01