O que importa mesmo é como a gente escolhe viver



Por Daniel Rocha

Nesse mundo louco, onde todo mundo corre atrás de consumo, produtividade e reconhecimento, a vida parece uma guerra sem fim. Cada escolha que a gente faz vem com um peso: a liberdade de decidir e a responsabilidade de arcar com as consequências. 

E aí a gente se pergunta: o que é vencer, afinal? Pro existencialismo, a resposta não tá em conquistar um monte de coisas lá fora, mas em viver de um jeito que faça sentido pra você, mesmo com toda a pressão que o mundo joga em cima da gente.  

Aquele papo de que "uma batalha não ganha não é perdida" tem tudo a ver com a ideia de que a vida é cheia de altos e baixos. A gente não nasceu pra ganhar sempre, né? 

A gente tá aqui, vivendo nesse mundo, e a derrota, o fracasso e até o recuo fazem parte da nossa história. E sabe o que é pior? Recuar não é sinal de fraqueza. Pelo contrário, pode ser uma decisão consciente, que mostra que a gente tem coragem de assumir nossa liberdade e fazer o que é melhor pra gente.  

Jean-Paul Sartre, filósofo existencialista , dizia que o ser humano está "condenado a ser livre". Mas essa liberdade não é algo leve, não. Ela vem com uma angústia muito grande, porque a gente tem que arcar com as escolhas que faz. 

Num mundo que só pensa em sucesso, decidir dar um passo pra trás pode ser um ato de rebeldia. É tipo dizer: "Eu não vou seguir o script que me impuseram. Eu vou viver do meu jeito."  

E aí entra a questão da saúde mental e do bem-estar. Isso não é só papo furado, não. É sobre lutar pra viver uma vida que faça sentido. Em um mundo onde o mercado exige que a gente se adapte o tempo todo e dê sempre o melhor, saber a hora de parar para refletir sobre suas escolhas é um exercício de autoconhecimento e resistência.

É entender que, mesmo que o mundo queira nos definir pelo que a gente conquista, o que importa mesmo é como a gente lida com nossas limitações e escolhe viver.  

Então, recuar estrategicamente quando achar que não deve mais seguir com força por um caminho não é desistir da vida. É justamente o contrário: é afirmar que a vida é sua, e você decide o que fazer com ela. É aceitar que, num universo que não tem um sentido pronto, a gente é quem cria nosso próprio significado. 

E, às vezes, isso pode significar dar um passo pra trás, não por medo, mas porque você entendeu que é o melhor pra você. É sobre existir de um jeito verdadeiro, mesmo que o mundo não entenda.  

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