Invocação do Mal 4 - Quando o terror dá esperança e ainda assusta pra valer

 


Por Murillo Mello

Já em cartaz nos cinemas, “Invocação do Mal: A Última Ceia” marca a despedida da bem-sucedida franquia de terror que conquistou milhões de fãs ao longo da última década.

Diferente dos capítulos anteriores, o quarto filme aposta em um final mais luminoso e emotivo, sem abrir mão do suspense e da atmosfera sombria que tornaram a série famosa.

Protagonizado novamente por Patrick Wilson e Vera Farmiga, o longa acompanha os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren em um dos casos mais sombrios de suas carreiras: a maldição de um espelho que ameaça destruir uma família da Pensilvânia, em uma trama inspirada no relato real da assombração dos Smurl. 

O desafio ganha peso extra quando a filha do casal, Judy (Mia Tomlinson), é possuída pela presença demoníaca, enquanto Ed luta contra a própria fragilidade após sofrer um infarto.

Apesar dos riscos, a narrativa conduz o público a um desfecho inusitado para o gênero: a vitória do bem culmina no casamento de Judy e Tony (Ben Hardy), trazendo uma mensagem de esperança que contrasta com o tom pesado do terror. 

A produção também reserva homenagens discretas aos fãs de longa data. Durante a cena do casamento, rostos conhecidos da saga marcam presença, como Lili Taylor, Mackenzie Foy e Frances O’Connor, em uma despedida que funciona como tributo à trajetória de Ed e Lorraine.




Visualmente, o longa aposta em cenários detalhistas dos anos 1980, fotografia carregada de sombras e um design sonoro que transforma cada ruído em gatilho de tensão. A direção de Michael Chaves, alvo de críticas em trabalhos anteriores, mostra maturidade ao equilibrar sustos bem executados com momentos de forte carga emocional.

As atuações de Wilson e Farmiga são outro destaque. O casal central aparece mais humano do que nunca: Ed, vulnerável e cansado, e Lorraine, firme em sua fé, oferecem interpretações intensas que elevam o filme acima do terror convencional.

Com 2h15 de duração, “Invocação do Mal: A Última Ceia” não é apenas mais um capítulo da franquia, mas um encerramento épico que combina medo, emoção e esperança. Para muitos críticos e fãs, o filme já nasce como clássico instantâneo do cinema sobrenatural.

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