Alcobaça 1922: Recorde na produção da farinha de mandioca




Por Daniel Rocha

A farinha de mandioca, desde tempos remotos, desempenhou um papel de destaque na produção regional do extremo sul da Bahia. Um documento histórico, como o publicado no jornal O Paiz, de 21 de agosto de 1922, revelam que naquela época a Bahia vinha ampliando sua produção de farinha de mandioca para além das suas fronteiras. Uma história que remonta aos aos povos originários e revela a grandiosidade da produção da poderosa farinha de mandioca na região.


Em um telegrama enviado da capital, "São Salvador", foi informado que, no período entre 1920 e 1921, a produção total desse importante produto  na região, havia alcançado a considerável marca de 1.195.955 sacos. Essa informação sugere que existiam diversas casas ou “cozinhas de farinhas” em pleno funcionamento nos municípios de Alcobaça, que produziu 19.672 sacos de farinha nesse período. O único da região listado entre os grandes produtores.


O cultivo da mandioca e o consumo da farinha remontam às origens nativas da região. O fato de a região ser oficialmente conhecida como "terra do descobrimento" não deve nos fazer esquecer que a cultura dos povos ancestrais desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento regional e ainda se faz presente em nossas mesas.


A farinha de mandioca, além de ser um importante alimento básico na dieta da população local, também  é um produto de destaque na economia regional. Seu crescimento produtivo extrapassou as fronteiras locais, alcançando reconhecimento e demanda em outras regiões. A expansão da produção naquele período revela o potencial econômico  que já tinha a região do extremo sul da Bahia e sua capacidade de contribuir para o desenvolvimento do estado.


É importante ressaltar que a produção da farinha de mandioca não ocorreu de forma isolada. Ela foi resultado do conhecimento e das técnicas transmitidas ao longo de gerações, herança dos povos originários que habitaram a região. Essa sabedoria ancestral, aliada ao empenho dos agricultores locais, impulsionou a produção e a colocou como uma das principais atividades econômicas dessa parte da Bahia.


Portanto, ao contemplar esse relato da produção de farinha de mandioca na região, é essencial reconhecer a importância tanto da herança ancestral quanto do empenho e da dedicação dos produtores locais, que tornaram possível o desenvolvimento e o reconhecimento desse importante setor na economia regional. 



Fonte: 


A produção baiana. O paiz.  21 de agosto de 1922, Acervo Site tirabanha.


 

Daniel Rocha da Silva*

Historiador graduado  e Pós-graduado em História, Cultura e Sociedade pela UNEB-X.

Contato WhatsApp: ( 73) 99811-8769 e-mail: samuithi@hotmail.com

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