Teixeira de Freitas 1969: Acidente de carro deixou dois trabalhadores feridos





Por Daniel Rocha

Na década de 1950 e 1960, a região do extremo sul da Bahia, microrregião fronteiriça entre Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, ficou marcada pela exploração da madeira realizada pelas empresas ELECUNHA S/A,  instalada no município de Nova Viçosa e a BRALANDA, que se fixou em 1952 na cidade de Medeiros Neto.  

Essas duas empresas do ramo exploraram a madeira da região de forma questionável até a década de 1970, quando o estado baiano começou a ordenar a exploração da madeira e exigir o pagamento de impostos sob o argumento de que era necessário racionalizar a exploração das matas existentes. 

As empresas geraram empregos diretos e indiretos, atraindo grande número de migrantes para cidades e povoados progressistas como Nova Viçosa, Medeiros Neto, Teixeira de Freitas e Itamaraju. Trabalhadores que além dos benefícios do emprego também arriscaram a vida na atividade.

Em julho de 1969, noticiou um jornal da época que uma camionete da Bralanda deu vários tombos perto de Teixeira de Freitas,BA, deixando dois trabalhadores gravemente feridos. 

Segundo o noticiado, o carro que seguia em alta velocidade na direção do Prado, provavelmente pela BA-290, na época conhecida como estrada do DERBA, conduzia 05 trabalhadores que, supomos, atuavam na extração da madeira diretamente da mata.  

De acordo com o periódico, o carro que levava três dos trabalhadores na cabine e dois na carroceria seguia em alta velocidade quando, diante de um inesperado defeito na barra de direção, se chocou violentamente contra uma madeira que se achava numa das margens da estrada. 

No sinistro um trabalhador idoso de idade avançada e um trabalhador adolescente que estavam sendo levados na carroceria, ficaram bastante machucados e foram levados para um Hospital em Nanuque, não existia atendimento médico e nem hospitais na parte baiana. Ainda conforme a notícia, os trabalhadores que estavam na cabine da camioneta, que nada sofreram, ajudaram a socorrer os acidentados após a ocorrência.  

Diante do exposto, é possível deduzir que, apesar da ausência de fontes sobre a rotina de exploração da madeira na região, a atividade foi responsável por inúmeros acidentes, seja pela escassez de infraestrutura adequada, estradas, ou pela falta de protocolos de segurança no transporte e beneficiamento no período. 

Daniel Rocha da Silva*

Historiador graduado  e Pós-graduando em História, Cultura e Sociedade pela UNEB-X.

Contato WhatsApp: ( 73) 99811-8769 e-mail: samuithi@hotmail.com

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