A EXIBIÇÃO DE STAR WARS: EPISÓDIO I NO CINE TEIXEIRA



Por Daniel Rocha
Em 1999, o cinema estrangeiro passou por uma revolução na sua estética e linguagem, filmes como Matrix (EUA 1999), Clube da Luta (1999), Corra, Lola Corra (1999) e Star Wars episódio I. A ameaça fantasma, o primeiro filme digital da história, ditaram regras e atiçaram a curiosidade dos cinéfilos no mundo inteiro.
O Star Wars voltava às telas 16 anos depois, com um número infinito de efeitos especiais e intitulado com o nome original da franquia e não mais como Guerra Nas Estrelas como era conhecido no país. A mudança se deu por razões mercadológicas.
Com quatro anos de funcionamento, o cine Teixeira já tinha um público cativo, o preço do ingresso era acessível os estudantes podiam assistir ao filme pagando apenas R$ 2,00.
O motivo do preço acessível era porque as salas não seguiam as estreias do circuito nacional. Hoje este tempo de espera é bem menor e as estreias em circuito são comuns.
A longa espera não incomodava o público fiel, aliás, aumentava a ansiedade e deixava as seções ainda mais gostosas. Como o acesso à Internet era restrito a uma minoria a saída para quem queria ter mais informações sobre os filmes era a TV, colunas de cinema nos jornais e revistas onde raramente se tinha acesso aos spoilers.
Por isso para os fãs, como eu, a espera incluía visitas constantes as bancas de revistas da cidade e as locadoras Tajon vídeo, VenturimVídeos e a Sétima Arte para “achar” VHS antigos com versões inalteradas dos primeiros filmes.
Na época o diretor George Lucas havia lançado o filme em vídeo com vários cortes e alterações, por isso a busca pelas versões originais. A espera incluía também ficar ligado nos programas de rádio que sempre sorteavam novos ingressos.
No dia da estreia, que ocorreu no dia 27 de agosto de 1999, uma sexta – feira, uma grande e barulhenta audiência compareceu a primeira sessão, em sua maioria jovens fãs e estudantes agitados por uma longa espera, dois meses depois da estreia no país.
Contudo o tão esperado filme ficou aquém das expectativas dos  fãs ,que eu fazia parte, que mesmo assim insatisfeitos voltaram no outro dia, sábado, para rever o primeiro longa  digital, o  grande chamariz da fita. Contudo a tecnologia digital  era coisa para privilegiados uma vez que  no país  os cinemas eram predominante analógico como o Cine Teixeira.
Com a queda do movimento  o filme não  cumpriu com um dos seus objetivos que era o de conquistar novos fãs para franquia, talvez porque, para aquela geração do final dos anos de 1990, as narrativas e os efeitos mirabolantes do filme  Matrix já havia quebrado certos padrões e conquistado o interesse da massa cada dia mais ligado em Tecnologia e telefones celular.

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