Fechamento do MTE motiva reação sindical em Teixeira de Freitas

 


Por Daniel Rocha

Dirigentes sindicais de Teixeira de Freitas se reuniram na terça-feira (04), no auditório do Sindicato dos Empregados no Comércio (SINDEC), para tratar de um assunto urgente: o anúncio do fechamento da única agência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) da microrregião do Extremo Sul.

A notícia caiu como uma bomba entre os representantes dos sindicatos dos Vigilantes, Bancários, Comerciários, da Construção Civil, dos Servidores Municipais e da Extração da Madeira, dentre outros. A indignação foi geral.

Em uma cidade com forte presença de indústrias, comércio em expansão, produção agrícola expressiva e uma construção civil em ritmo acelerado, fechar a única agência do MTE é visto como um ataque direto aos direitos dos trabalhadores. Os dirigentes afirmaram que não vão aceitar essa medida absurda e prometem lutar para reverter a decisão.

A reunião resultou em ações concretas. As centrais sindicais vão solicitar uma reunião com o superintendente do MTE na Bahia. Também se considera a possibilidae da realização de uma manifestação em frente à sede do Ministério do Trabalho em Teixeira de Freitas.

Representantes dos sindicatos dos Vigilantes, Bancários, Comerciários, da Construção Civil, dos Servidores Municipais e da Extração da Madeira

Os sindicatos também exigem a permanência da agência, a nomeação de novos fiscais e a reestruturação completa do atendimento aos trabalhadores da região.

A ausência de fiscalização intensiva por parte do MTE, somada à carência de auditores fiscais nessa parte do extremo sul, tem criado um vácuo institucional perigoso, terreno fértil para abusos patronais e negligência com a segurança no trabalho.

Também foi debatida a grave situação da saúde do trabalhador. Foram relatados casos de médicos que se recusam a emitir atestados ou a incluir o CID, dificultando o acesso a direitos básicos.
A informalidade cresce, os acidentes de trabalho se multiplicam e o adoecimento mental entre os trabalhadores se agrava, enquanto o órgão que deveria fiscalizar e proteger esses direitos corre o risco de desaparecer.

Para os dirigentes sindicais, fechar a agência do MTE em Teixeira é virar as costas para a realidade de milhares de trabalhadores da Costa das Baleias. E a resposta será firme. A luta está apenas começando.

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