Por Murillo Mello
Depois de sete filmes, incontáveis explosões e zero explicações sobre como o FMI ainda tem verba pra tanta destruição, Ethan Hunt está de volta para… bem, basicamente a mesma coisa de sempre, mas agora com um vilão high-tech: uma Inteligência Artificial com crise existencial.
Desta vez em Missão Impossível: O Acerto Final ( EUA. 2025. Em cartaz), Tom Cruise não só corre, pula de aviões e se pendura em coisas altas – ele também enfrenta políticos malvados, hackers misteriosos e o maior inimigo de todos: um roteiro que insiste em relembrar todos os filmes anteriores como se você tivesse Alzheimer.
Sim, o filme tem cenas de ação de cair o queixo (incluindo um salto de paraquedas que faz você questionar as leis da física). Mas também tem tanta explicação desnecessária que, em certo momento, você vai torcer para a IA dominar o mundo só pra acabar logo.
Christopher McQuarrie tenta fechar a saga com chave de ouro, mas acaba entregando um filme que oscila entre “incrível” e “aff, de novo?”. Ethan Hunt agora é tratado como o Messias da espionagem, e se você acreditar que ele é só um agente secreto e não um super-herói disfarçado, temos um helicóptero abandonado em algum lugar pra vender pra você.
No fim, Missão Impossível: O Acerto Final é como um paraquedas que não abre direito: tem momentos de puro êxtase, mas a aterrissagem é… questionável. Vale pela ação? Com certeza. Vale pelo enredo? Bom, pelo menos o Tom Cruise ainda corre muito.
Então prepare a pipoca, ajuste seu relógio para “modo paciência” e aproveite – porque, convenhamos, você vai assistir de qualquer jeito. Afinal, quem resiste a ver o Tom Cruise fazendo parkour em cima de um trem em movimento? É sempre um espetáculo.
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