Por Daniel Rocha
No final de outubro de 1997, Teixeira de Freitas fervilhava em preparação para um dos principais eventos do ano: a XVI Exposição Agropecuária. Marcada para ocorrer entre os dias 12 e 16 de novembro no Parque Temóteo Alves de Brito, a exposição já era um marco tradicional na cidade, atraindo produtores rurais, moradores e visitantes de toda a região.
A edição de 1997 manteve a essência do evento, celebrando o universo agropecuário e os costumes locais com o consagrado concurso leiteiro, leilões de animais, rodeios e animadas apresentações musicais noturnas.
Bandas conhecidas do público, como o Trio Xodó, Zagotinho e Os Águias, retornavam ao palco, trazendo a identidade da música regional com muito forró, música popular e axé, criando a atmosfera característica das festas do interior baiano.
Contudo, foi uma apresentação específica que, segundo a cobertura da imprensa local da época, capturou massivamente a atenção do público e se tornou o grande destaque: a apresentação da banda capixaba Dallas Company, em sua primeira formação, antes do grande sucesso “Clima de Rodeio” de 2002.
Fundada em 1994, no Espírito Santo, a Dallas Company representava o movimento country que ganhava força no Brasil na década de 1990 – um estilo que mesclava influências rurais brasileiras com o country norte-americano.
No fim, conforme relatos, a edição de 1997 da exposição agropecuária da cidade, capturou a essência do Brasil interiorano daquele tempo: um mosaico de tradições locais misturadas com as influências externas que a globalização começava a trazer. Esse caldeirão de sons e encontros continua a definir, até hoje, a identidade cultural de Teixeira de Freitas e do extremo sul baiano.
Daniel Rocha – Historiador graduado e pós-graduado em História, Cultura e Sociedade pela UNEB-X.
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E-mail: samuithi@hotmail.com
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